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09 de Maio, 2025 - 16:36
Dólar fecha em queda, de olho em inflação no Brasil e tarifaço de Trump; Ibovespa sobe ao maior nível desde agosto



 



            A moeda norte-americana caiu 0,11%, cotada a R$ 5,6547. Já a bolsa encerrou em alta de 0,21%, aos 136.512 pontos, no maior nível desde agosto.



O dólar fechou a sessão desta sexta-feira (9) em queda, a R$ 5,65, conforme investidores repercutiam os novos dados de inflação no Brasil e a possibilidade de um esfriamento da política tarifária do presidente dos Estados UnidosDonald Trump.








Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta e renovou o maior patamar desde agosto de 2024.







O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, mostra que os preços subiram 0,43% em abril, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).





O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado e reforça a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta semana.







O colegiado aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano — o maior patamar em 20 anos. Também indicou que deve agir com cautela na próxima reunião, com mais "flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica da inflação".







Já no ambiente internacional, os sinais de alívio da guerra tarifária por parte de Trump continuaram a impulsionar os mercados. Na véspera, os EUA e o Reino Unido anunciaram um acordo comercial — o primeiro desde a implementação das "tarifas recíprocas".







Já nesta sexta-feira, Trump chegou a afirmar que reduzir as tarifas de 145% para 80% sobre as importações chinesas "parece correto" e que a decisão ficará a cargo do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.







Mais tarde, no entanto, a Casa Branca afirmou que Trump "permanece firme em sua decisão" de que os EUA não vão reduzir unilateralmente as tarifas sobre produtos chineses.







"Esse foi um número que o presidente divulgou, e veremos o que acontece neste fim de semana", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, a jornalistas.






Dólar








O dólar caiu 0,11%, cotado a R$ 5,6547. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6376. Veja mais cotações.







Com o resultado, acumulou:








  • alta de 0,02% na semana;


  • recuo de 0,39% no mês; e


  • perda de 8,50% no ano.







No dia anterior, a moeda americana fechou em baixa de 1,47%, aos R$ 5,6611.













Ibovespa








Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,21%, aos 136.512 pontos, no maior nível desde agosto.







Com o resultado, o índice acumulou:








  • alta de 1,02% na semana;


  • avanço de 1,07% no mês; e


  • ganho de 13,49% no ano.







Na véspera, o índice fechou em alta de 2,12%, aos 136.231 pontos.






O que está mexendo com os mercados?








O anúncio de um acordo comercial entre EUA e Reino Unido e as sinalizações de que Trump conversa com outros países para aliviar a guerra das tarifas foram bem recebidos pelo mercado financeiro.







Além de estabelecer medidas tarifárias, o tratado anunciado ontem também estabelece a criação de uma zona de comércio de alumínio e aço e de uma cadeia de suprimentos farmacêuticos segura. Segundo Trump, o acordo deve aumentar a receita externa dos EUA em US$ 6 bilhões e de criar US$ 5 bilhões em novas oportunidades de exportação.







Em contrapartida, os EUA deverão baixar as tarifas para a indústria automobilística britânica de 27,5% para 10% e zerar os impostos sobre aço e alumínio.







Apesar de este ter sido apenas o primeiro acordo comercial que os EUA conseguiram firmar com um de seus parceiros desde a imposição das "tarifas recíprocas" anunciadas em abril, Trump indicou que tem várias reuniões planejadas para os próximos dias, destacando que outros países também querem fazer um acordo com os norte-americanos.







Neste fim de semana, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, deve se reunir com seus pares chineses na Suíça — e há grande expectativa no mercado financeiro de que os dois países comecem as conversas para chegar a um acordo tarifário.







Nesta sexta-feira, Trump chegou a afirmar que ficará a cargo dele a decisão de reduzir as tarifas sobre a China, mas adiantou que uma taxa de 80% "parece correta" e que o país asiático deveria "abrir seus mercados para os EUA".








E no Brasil?








Já no ambiente doméstico, ficou no radar a divulgação dos novos dados de inflação por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador mostrou uma alta de 0,43% em abril, em linha com o esperado.












 


Fotos por: Reprodução/Internet
Fonte: G1
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08 de Maio, 2025 - 17:20
Dólar recua e fecha em R$ 5,66, após acordo comercial entre EUA e Reino Unido; Ibovespa sobe ao maior nível deste setembro



 



          A moeda norte-americana caiu 1,47%, cotada a R$ 5,6611. Já a bolsa encerrou em alta de 2,12%, aos 136.231 pontos, no maior patamar em oito meses.



O dólar fechou a sessão desta quinta-feira (8) em queda, a R$ 5,66, após os Estados Unidos e o Reino Unido anunciarem um novo acordo comercial — o primeiro desde a aplicação das chamadas "tarifas recíprocas", no começo de abril.








As últimas decisões de juros no Brasil e nos EUA e o noticiário corporativo movimentado do dia também ficaram no radar e ajudam a explicar o forte movimento visto na bolsa de valores brasileira, que encerrou em alta de mais de 2%, no maior patamar desde setembro de 2024.







O acordo comercial entre EUA e Reino Unido foi o primeiro feito pelo presidente norte-americano desde que anunciou tarifas específicas para todos os seus parceiros comerciais.





O novo tratado entre os dois países, anunciado hoje, determina que os EUA manterão uma tarifa de 10% sobre os produtos britânicos importados, enquanto o Reino Unido deve diminuir as taxas cobradas sobre os produtos norte-americanos, além de fornecer aos EUA um maior acesso aos seus mercados.







Já no cenário de juros, tanto o Banco Central do Brasil (BC) quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fizeram anúncios que vieram em linha com o esperado pelo mercado financeiro.







Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano — o maior patamar em 20 anos. O colegiado também indicou que deve agir com cautela na próxima reunião, sinalizando que precisará ter "flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica da inflação".







O mercado financeiro viu o posicionamento do Copom como uma sinalização de que o colegiado pode desacelerar o ritmo de alta das taxas de juros na próxima reunião — ou até mantê-los inalterados —, o que ajudou a impulsionar o Ibovespa na sessão. (Entenda mais abaixo)





 





Já nos EUA, o Fed manteve a taxa de juros referencial inalterada na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, citando as incertezas causadas pela política tarifária do presidente norte-americano, Donald Trump, como um dos fatores a serem observados.



No noticiário, a temporada de resultados corporativos também ficou sob os holofotes.






Dólar








O dólar caiu 1,47%, cotado a R$ 5,6611. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6608. Veja mais cotações.







Com o resultado, acumulou:








  • alta de 0,13% na semana;


  • recuo de 0,28% no mês; e


  • perda de 8,39% no ano.







No dia anterior, a moeda americana fechou em alta de 0,62%, aos R$ 5,7458.






Ibovespa








Já o Ibovespa encerrou em alta de 2,12%, aos 136.231 pontos, no maior patamar desde setembro de 2024.







Durante o dia, o índice chegou a bater a máxima histórica intradiária de 137.634 pontos — ou seja, essa foi a maior pontuação já atingida pelo Ibovespa durante um pregão na história. O movimento positivo foi impulsionado:








  • pelo alívio externo após o novo acordo entre EUA e Reino Unido;


  • pelos bons resultados corporativos divulgados ao longo do dia; e


  • pela percepção de que o Copom pode trazer uma pausa no ciclo de altas de juros na próxima reunião, a depender dos indicadores econômicos e do ambiente internacional.







Entre as maiores altas da sessão, destaque para as ações da Azzas, que subiram mais de 22%. Os papéis da Movida e do Bradesco também figuravam entre as maiores altas do índice no pregão.







Com o resultado, o índice acumulou:








  • alta de 0,81% na semana;


  • avanço de 0,86% no mês; e


  • ganho de 13,26% no ano.







Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,09%, aos 133.398 pontos.






O que está mexendo com os mercados?








Em um dia de noticiário movimentado nesta quinta-feira, o destaque da sessão ficou com o anúncio de um novo acordo comercial selado entre Estados Unidos e Reino Unido.







Além de estabelecer medidas tarifárias, o tratado também estabelece a criação de uma zona de comércio de alumínio e aço e de uma cadeia de suprimentos farmacêuticos segura. Segundo Trump, o acordo deve aumentar a receita externa dos EUA em US$ 6 bilhões e de criar US$ 5 bilhões em novas oportunidades de exportação.







Em contrapartida, os EUA deverão baixar as tarifas para a indústria automobilística britânica de 27,5% para 10% e zerar os impostos sobre aço e alumínio.







Apesar de este ter sido apenas o primeiro acordo comercial que os EUA conseguiram firmar com um de seus parceiros desde a imposição das "tarifas recíprocas" anunciadas em abril, Trump indicou que tem várias reuniões planejadas para os próximos dias, destacando que outros países também querem fazer um acordo com os norte-americanos.







O tratado entre EUA e Reino Unido também foi bem-visto pelos mercados financeiros, que viram o novo acordo e as sinalizações de que Trump conversa com outros países como um possível alívio na guerra comercial imposta pelo republicano.






Taxas de juros na mira








Além disso, outro destaque da sessão ficou com as decisões de juros por parte do Banco Central do Brasil e do Fed.







No Brasil, a decisão de aumentar a Selic nesta quarta foi unânime. Ou seja, todos os diretores, inclusive o presidente do BC, Gabriel Galípolo, votaram a favor de subir a taxa até 14,75%.





Segundo Rafael Cardoso, economista-chefe do banco Daycoval, a principal novidade vista no comunicado divulgado pelo Copom após a decisão está no balanço de riscos da instituição, que considerava mais os riscos econômicos brasileiros do que os internacionais até sua última reunião.







"A inclusão da queda dos preços das commodities fez com que houvesse três riscos para cada lado, o que na opinião do BC além de ser riscos em quantidade igual, eles têm o mesmo peso e portanto o balanço passou a ser simétrico".






Esse olhar mais atento ao cenário externo (que não recebe interferência dos juros no Brasil) e a falta de sinalização sobre possíveis novas altas nos juros indicam que pode haver uma pausa no ciclo de alta da Selic, explica Cardoso.







Daniel Cunha, estrategista-chefe do BGC Liquidez, compartilha do mesmo ponto de vista e comenta que "não há dúvida de que o BC tem se empenhado em pavimentar o caminho para o fim do ciclo de alta nos juros".







"A verdadeira questão, no entanto, era e ainda é se os dados sustentariam uma mudança para um ponto de fim mais cedo e mais baixo, ao invés de um ponto mais tarde e mais elevado", afirma Cunha.






Esse cenário, somado aos resultados corporativos divulgados ao longo do dia, ajudam a explicar o bom desempenho do Ibovespa na sessão.









O Copom justificou que a incerteza na economia dos EUA, principalmente por causa da guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump, é um dos principais fatores que pressionam a inflação no Brasil e levam à alta dos juros. Outro fator é a política fiscal no Brasil, ainda com despesas elevadas.







"O ambiente externo mostra-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitos. A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária", escreveu o Copom.






Por fim, o comitê destacou que o "cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação."





Já nos EUA, o Fed manteve as taxas de juros do país inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. A decisão unânime veio em linha com as expectativas do mercado financeiro.







Foi a terceira reunião seguida em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) optou por não alterar o referencial de juros. Em comunicado, o comitê afirmou que as incertezas em torno das perspectivas econômicas "aumentaram ainda mais" em meio à política tarifária de Trump.







A decisão de manter os juros inalterados nos EUA nesta quarta-feira veio apesar da pressão e de fortes críticas de Trump contra o presidente do Fed, Jerome Powell.







Nas últimas semanas, o republicano questionou inúmeras vezes o trabalho do banqueiro central à frente da instituição e chegou a ameaçar demiti-lo, mesmo que o presidente dos EUA não tenha poder para tomar essa decisão.







Nesta quinta-feira, Trump renovou suas críticas ao banqueiro central, reclamando que o Fed está se recusando a reduzir a taxa de juros. "Ele [Powell] não está apaixonado por mim".







Após o anúncio de juros na véspera, Powell afirmou que a pressão de Trump por cortes nas taxas de juros "não afeta" o trabalho do Federal Reserve. Ele declarou ainda que não tentou agendar um encontro com o republicano.





"Nunca pedi uma reunião com nenhum presidente, e nunca pedirei", disse o chefe do Fed, em entrevista a jornalistas. "Nunca houve motivo para eu solicitar uma reunião. Sempre partiu do outro lado."






O banqueiro central também observou que a política comercial de Trump continua sendo uma fonte de incertezas e reforçou a necessidade de o Fed esperar antes de ajustar sua política monetária.







"Eu não acho que podemos dizer qual será o desfecho disso", disse. "Há uma grande incerteza sobre, por exemplo, onde as políticas tarifárias vão se estabilizar."



















 


Fotos por: Reprodução/Foto meramente ilustrativa
Fonte: G1
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