Parlamentares mato-grossenses dos partidos União Brasil e Partido Progressista (PP) celebraram nesta terça-feira o lançamento oficial da criação da federação que deu origem a União Progressista (UP). O ato ocorreu no salão nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, e contou com a presença de políticos como o governador Mauro Mendes (UB), o senador Jayme Campos (UB), o secretário chefe da Casa Civil Fábio Garcia (UB), a deputada federal Gisela Simona (UB) e o deputado estadual Paulo Araujo (PP).
O governador Mauro Mendes (União Brasil) discursou no evento e citou que a fusão pretende mais que unir dois partidos, mas criar propósitos para trazer respostas a grande parte dos brasileiros que esperam muito dos políticos.
“Enquanto comemoramos, em cada canto tem brasileiros que esperam do congresso e de nós que assumimos o papel de liderança, encontrar respostas. Temos um Brasil que arde uma dívida interna que cresce a passos largos, juros que atormentam toda a iniciativa privada e cidadãos. Uma inflamação que volta a rondar nossas casas. Um país que não soube encontrar caminho para resolver a falta de competência da máquina pública, que não pode explicar petróleo, o potássio da Amazônia, que não pode um monte de coisas que o mundo inteiro faz”, disse.
Mendes ainda acrescentou que espera que a união seja mais que política e de propósito para construir soluções para o país que desejam e parte de uma nova história do país.
Quem também esteve no evento foi o cacique da política estadual, o senador Jayme Campos (União Brasil) que manifestou entusiasmo e otimismo com a união das siglas por meio de publicação em sua rede social.
“Tenho certeza que isso vai se converter em bons propósitos para o povo brasileiro. É a maior bancada do congresso brasileiro. Mais de 100 deputados federais e 14 senadores da República. Espero que tudo isso que está acontecendo neste momento ímpar na consolidação da nossa democracia, tenha uma federação que possa ajudar o Brasil a sair dessa dificuldade”, disse.
O deputado pelo Partido Progressista, Paulo Araújo também esteve no evento e publicou foto com a senadora Margareth Buzetti, com o senador pelo Piauí e presidente do Progressistas Ciro Nogueira e o governador Mauro Mendes.
“Como presidente do Progressistas em Mato Grosso, estive presente no lançamento da federação União Progressista, que une PP e União Brasil em um projeto sólido e com visão de futuro. Sob a liderança de Ciro Nogueira e Antônio Rueda, essa aliança representa mais estabilidade, diálogo e compromisso com o Brasil real, aquele que se constrói nos estados e municípios. Seguimos juntos, fortalecendo o centro democrático e trabalhando por um país, e especialmente por um Mato Grosso, mais justo e eficiente”, disse.
Quem também se manifestou nas redes foi o deputado estadual pelo União Brasil, Júlio Campos. O parlamentar publicou vídeo institucional em seu instagram celebrando a federação que considera a como a maior bancada do congresso nacional, somando 20% dos representantes.
Representatividade no Estado
Em Mato Grosso, o União Brasil possui representantes em 60 prefeituras, enquanto o PP possui 3, sendo elas Arenápolis, Porto Estrela e Nova Marilândia.
No senado, Jayme Campos representa o União Brasil. Na bancada federal somente Coronel Assis é do União. Dentre os representantes estaduais do União Brasil na ALMT estão o deputado Eduardo Botelho, Júlio Campos, Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende. Já do PP, o deputado estadual Paulo Araujo.
Na Câmara de Vereadores de Cuiabá, são do União a vereadora Michelly Alencar, Cezinha Nascimento, Dilemário Alencar. Do PP, somente o vereador Demilson Nogueira. Na de Várzea Grande estão Jânio Calistro (UB), Rosy Prado (UB), Charles da Educação (UB) e Enfermeiro Emerson (PP).
Federação
A bancada do União Progressista será a maioria da Câmara, com 109 deputados. A junção do União Brasil com o PP desbancou o PL, com 91 parlamentares, e a federação PT, PCdoB e PV, com 80. No Senado, serão 14 senadores, empatado com PSD e PL. A fusão é vista como estratégia eleitoral visando 2026.
Este tipo de arranjo une partidos para atuar em conjunto. Em caso de rompimento antes do prazo mínimo, as siglas ficam proibidas de formar uma nova aliança.