O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), defendeu que o governo federal abra, o mais rápido possível, as negociações com os Estados Unidos para tentar reverter os efeitos do tarifaço do presidente do país americano, Donald Trump, e não penalizar a economia do país. O chefe do Executivo Estadual pontuou que alguns países que possuíam relações conflituosas com os Estados Unidos ‘recuaram’ e procuraram negociar, mas o governo brasileiro, segundo ele, caminha contrário a medida.
Em entrevista à imprensa, o governador afirmou que a crise diplomática entre os dois países é algo prejudicial economicamente, e que mesmo diante da gravidade, figuras públicas, sem citar nomes buscam ‘palanque eleitoral’ independente das consequências.
“É muito lamentável que nós estejamos vivendo essa crise. Eu lamento profundamente algumas atitudes de algumas autoridades. Eu faria um pouco diferente. Eu acho que o Brasil precisa construir um ambiente de paz. O governo federal tem as suas contas públicas muito ruins. É momento de ter foco. Ficar nesse joguinho aí, tentando se aproveitar de um lado, e outro. Tirar vantagem eleitoral para 2026, de um caos econômico que pode ter no Brasil, é muito ruim”, anunciou o governador.
Diferente do discurso de alguns políticos do estado, o governador defendeu que existem culpados do tarifaço e que a sociedade inclusive consegue nomear alguns. “Independente de quem é o culpado, e provavelmente tenha culpados aí, todos nós brasileiros poderemos pagar a conta disso. Então é momento de quem é sério, de quem é sério. Mas, todo mundo no Brasil sabe disso, quem errou um pouco mais ou um pouco menos. Mas, agora o que importa é focar no problema”.
O governador alertou as graves consequências econômicas que o embargo dos Estados Unidos pode trazer ao Brasil em curto, médio e longo prazo. Ele ainda reforçou a supremacia dos EUA no cenário global, pontuando que até mesmo potências como China e Europa cederam e negociaram com os americanos, e, por isso, cabe ao governo federal brasileiro, l, encontrar os caminhos para uma negociação.
“Esse embargo com os Estados Unidos pode trazer graves consequências para a economia brasileira no curto, médio e longo prazo. Então é momento de pensar no Brasil, e não ficar pensando nas eleições de 2026, como eu estou vendo muita gente fazendo aí. Nós temos que olhar para a economia brasileira, para os brasileiros, olhar para aquilo que realmente importa. Estados Unidos, ele é o maior país do planeta, não é à toa. O povo é sabido. É o maior PIB do planeta. A China, que é o segundo maior PIB do planeta, recuou e negociou com os Estados Unidos. A Europa, um grande bloco econômico, recuou e negociou com os Estados Unidos. Então, cabe ao governo brasileiro fazer isso, não que faça isso”, finaliza.